Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 14 de 14
Filtrar
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(5): e00119519, 20202. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1100949

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo estimar a utilização de serviços de saúde ambulatoriais no pós-parto e verificar os fatores demográficos, socioeconômicos e obstétricos associados a este uso. Estudo nacional de base hospitalar, realizado em 2011-2012, com entrevistas de 23.894 mulheres. Foram calculadas as estimativas pontuais e os respectivos intervalos de confiança de oito indicadores de utilização de serviços de saúde com desempenho avaliado como "satisfatório" (75%-100%); "parcial" (50%-74%) e "insatisfatório" (< 50%). Foi realizada regressão logística múltipla para verificar a associação entre as características das mulheres e cada um dos indicadores analisados. Quatro indicadores - "procura de serviço para consulta de revisão do parto" (73,9%; IC95%: 72,4-75,3); "procura de serviço para consulta do recém-nato" (91,6%; IC95%: 90,6-92,5); "vacinação com BCG" (99%; IC95%: 98,7-99,2); e "vacinação contra hepatite B" (96,8%; IC95%: 96,0-97,5) foram considerados satisfatórios. A "coleta do teste de triagem neonatal na primeira semana de vida" foi considerada parcial (60,1%; IC95%: 57,6-62,6), e "consulta da mulher nos primeiros 15 dias após o parto" (37%; IC95%: 35,0-39,0), "consulta do recém-nato nos primeiros sete dias de vida" (21,8%; IC95%: 20,2-23,5) e "recebimento do resultado da triagem neonatal no primeiro mês de vida" (29,8%; IC95%: 27,6-32,2) foram considerados insatisfatórios. Desigualdades regionais e sociais foram identificadas, com o pior desempenho de todos os indicadores nas regiões Norte e Nordeste e em mulheres mais vulneráveis, apontando para a necessidade de uma melhor organização e oferta dos serviços visando à redução de iniquidades.


This study aims to estimate postpartum use of outpatient health services and verify the demographic, socioeconomic, and obstetric factors associated with use. A nationwide hospital-based study in 2011-2012 interviewed 23,894 women. Point estimates and respective confidence intervals were calculated for eight indicators of health services use, with performance assessed as "satisfactory" (75%-100%); "partial" (50%-74%), or "unsatisfactory" (< 50%). Multiple logistic regression was performed to verify the association between women's characteristics and each target indicator. Four indicators ("visit to health service for postpartum follow-up" (73.9%; 95%CI: 72.4-75.3), "visit to health service for neonatal follow-up" (91.6%; 95%CI: 90.6-92.5), "BCG vaccination" (99%; 95%CI: 98.7-99.2), and "HBV vaccination" (96.8%; 95%CI: 96.0-97.5) were considered satisfactory. "Neonatal screening test in the first week of life" was considered partial (60.1%; 95%CI: 57.6-62.6), while "woman's consultation in the first 15 days postpartum" (37%; 95%CI: 35.0-39.0), "neonatal consultation in the first seven days of life" (21.8%; 95%CI: 20.2-23.5), and "neonatal screening test result in the first month of life" (29.8%; 95%CI: 27.6-32.2) were considered unsatisfactory. Regional and social inequalities were identified, with worse performance for all the indicators in the North and Northeast regions of Brazil and in more vulnerable women, revealing the need for better organization and supply of services to reduce iniquities.


El objetivo de este estudio es estimar la utilización de los servicios de salud ambulatorios durante el posparto, así como verificar los factores demográficos, socioeconómicos y obstétricos, asociados a esta utilización. Estudio nacional de base hospitalaria, realizado en 2011-2012, con una entrevista a 23.894 mujeres. Se calcularon las estimaciones puntuales y los respectivos intervalos de confianza de ocho indicadores de utilización de servicios de salud con desempeño evaluado como "satisfactorio" (75%-100%); "parcial" (50%-74%) e "insatisfactorio" (< 50%). Se realizó una regresión logística múltiple para verificar la asociación entre las características de las mujeres y cada uno de los indicadores analizados. Cuatro indicadores -"búsqueda del servicio para consulta de revisión del parto" (73,9%; IC95%: 72,4-75,3), "búsqueda del servicio para consulta del recién nacido" (91,6%; IC95%: 90,6-92,5), "vacunación con BCG" (99%; IC95%: 98,7-99,2) y "vacunación contra hepatitis B" (96,8%; IC95%: 96,0-97,5) se consideraron satisfactorios. La "recogida del test de clasificación neonatal en la primera semana de vida" se consideró parcial (60,1%; IC95%: 57,6-62,6), mientras que "consulta de la mujer durante los primeros 15 días tras el parto" (37%; IC95%: 35,0-39,0), "consulta del recién nacido en los primeros siete días de vida" (21,8%; IC95%: 20,2-23,5) y "recepción del resultado de la clasificación neonatal durante el primer mes de vida" (29,8%; IC95%: 27,6-32,2) fueron considerados insatisfactorios. Las desigualdades regionales y sociales se identificaron con un peor desempeño de todos los indicadores en las regiones Norte y Nordeste, y en mujeres más vulnerables, apuntando la necesidad de una mejor organización y oferta de los servicios, con el fin de reducir de inequidades.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Modelos Logísticos , Parto , Período Pós-Parto , Brasil , Assistência Ambulatorial
2.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 26(1): 319-334, Jan.-Mar. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989869

RESUMO

Resumo A entrevista aborda os percursos que colocaram o parto na pauta das políticas públicas brasileiras. Maria do Carmo Leal e Marcos Dias são participantes ativos nesse percurso, tanto no campo acadêmico como no âmbito do ativismo. Na entrevista, os depoentes refletem sobre os desafios enfrentados para alcançar uma mudança no modelo assistencial brasileiro e destacam a importância da participação das mulheres e de seus movimentos no alcance desse objetivo.


Abstract This interview discusses the pathways that brought childbirth into Brazilian public policies. Maria do Carmo Leal and Marcos Dias are active participants in this journey, in academics as well as activism. In the interview, the participants reflect on the challenges to achieving change in the Brazilian health care model and highlight the importance of women's participation and their movements in reaching this goal.


Assuntos
Humanos , Feminino , História do Século XX , Parto , Política de Saúde/história , Brasil , Saúde da Mulher/história
3.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 18(1): 7-35, Jan.-Mar. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013072

RESUMO

Abstract Objectives: to analyze frequency, characteristics and causes of severe maternal morbidity (maternal near miss) in Brazil. Methods: a systematic review on quantitative studies about characteristics, causes, and associated factors on severe maternal morbidity (maternal near miss). The search was done through MEDLINE (maternal near miss or severe maternal morbidity and Brazil) and LILACS (maternal near miss, maternal morbidity). Data were extracted from methodological characteristics of the article, criteria for maternal morbidity and main results. Near miss ratios and indicators were described and estimated. Results: we identified 48 studies: 37 were on hospital based; six were based on health surveys and five were based on information systems. Different definitions were adopted. Maternal near miss ratio ranged from 2.4/1000 LB to 188.4/1000 LB, depending on the criteria and epidemiological scenario. The mortality rate for maternal near miss varied between 3.3% and 32.2%. Hypertensive diseases and hemorrhage were the most common morbidities, but indirect causes have been increasing. Flaws in the healthcare were associated to near miss and also sociodemographic factors (non-white skin color, adolescence/ age ≥ 35 years old, low schooling level). Conclusions: the frequency of maternal near miss in Brazil is high, with a profile of similar causes to maternal mortality. Inequities and delays in the healthcare were identified as association.


Resumo Objetivos: análise da frequência, características e causas da morbidade materna grave (near miss materno) no Brasil. Métodos: revisão sistemática de estudos quantitativos sobre características, causas e fatores associados à morbidade materna grave (near miss materno). A busca foi feita via MEDLINE (maternal near miss or severe maternal morbidity and Brazil) e LILACS (near miss materno, morbidade materna). Foram extraídos dados sobre características metodológicas do artigo, critérios para morbidade materna e principais resultados. A razão de near miss e os indicadores foram descritos ou estimados. Resultados: identificamos 48 estudos, sendo 37 de base hospitalar, seis com base em inquéritos de saúde e cinco com base em sistemas de informação. Diferentes definições foram adotadas. A Razão de near miss materno variou de 2,4/ 1000 NV a 188,4/1000 NV, dependendo dos critérios e do cenário epidemiológico. O índice de mortalidade near miss materno variou entre 3,3% e 32,2%. Doenças hipertensivas e hemorragia foram as morbidades mais comuns, mas causas indiretas vêm aumentando. Falhas nos cuidados de saúde foram associadas ao near miss, assim como fatores sociodemográficos (cor da pele não branca, adolescência/ idade≥35 anos, baixa escolaridade). Conclusões: a frequência de near miss materno no Brasil é elevada, com perfil de causas semelhantes às da mortalidade materna. Foi identificada associação com iniquidades e demoras na assistência à saúde.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Mortalidade Materna , Inquéritos Epidemiológicos , Morbidade , Near Miss/estatística & dados numéricos , Complicações na Gravidez , Brasil , Assistência Integral à Saúde , Disparidades nos Níveis de Saúde , Hemorragia , Hipertensão
4.
Rev. panam. salud pública ; 37(3): 140-147, Mar. 2015. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-746673

RESUMO

OBJETIVO: Verificar o grau de adequação da assistência pré-natal no Brasil e sua associação com características sociodemográficas das mulheres. MÉTODOS: Este estudo nacional de base hospitalar foi realizado com 23 894 mulheres em 2011 e 2012. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas com a puérpera e dos cartões de pré-natal. Considerou-se assistência pré-natal adequada aquela iniciada até a 12 semana gestacional, com realização de no mínimo seis consultas (número de consultas corrigido para a idade gestacional no momento do parto), registro no cartão de pré-natal de pelo menos um resultado de cada um dos exames preconizados na rotina de pré-natal e recebimento de orientação para maternidade de referência. Realizou-se regressão logística multivariada para verificar a associação entre características maternas e o grau de adequação da assistência pré-natal. RESULTADOS: Início precoce da atenção pré-natal foi observado em 53,9% das gestantes, número adequado de consultas em 73,2%, registro de pelo menos um exame preconizado em 62,9%, orientação para maternidade de referência em 58,7% e assistência pré-natal global adequada em 21,6%. Menor adequação do pré-natal foi observada em mulheres mais jovens, de pele preta, multíparas, sem companheiro, sem trabalho remunerado, com menos anos de estudo, de classes econômicas mais baixas e residentes nas regiões Norte e Nordeste do país. Após ajuste para características maternas, não foram observadas diferenças entre serviços públicos e privados quanto ao grau de adequação do cuidado pré-natal. CONCLUSÕES: A assistência pré-natal no Brasil alcançou cobertura praticamente universal, mas persistem desigualdades regionais e sociais no acesso a um cuidado adequado. Estratégias para facilitar o ingresso precoce no pré-natal são essenciais.


OBJECTIVE: To verify the degree of adequacy of prenatal care in Brazil and to determine whether it is associated with sociodemographic characteristics of women. METHODS: This nationwide hospital-based study was performed with 23 894 women in 2011 and 2012. Data were obtained from interviews with puerperal women and from the prenatal card recording prenatal care appointments. Adequate prenatal care was defined as that started no later than the 12th gestational week, with performance of at least six consultations (with number of consultations adjusted for gestational age at delivery), record in the prenatal card of at least one result for each of the recommended routine prenatal tests, and guidance regarding the maternity hospital for delivery. Multivariate logistic regression was performed to verify the association between maternal characteristics and the adequacy of prenatal care. RESULTS: Early onset of prenatal care was observed in 53.9% of participants, adequate number of consultations in 73.2%, record of at least one of each recommended test in 62.9%, guidance regarding maternity hospital in 58.7%, and overall adequate prenatal care in 21.6%. Less adequate prenatal care was observed in women who were younger, black, multiparous, who did not have a partner, without paid employment, having fewer years of formal schooling, belonging to lower socioeconomic classes, and living in the North and Northeast of Brazil. After adjustment of maternal characteristics, no differences were observed between public or private health care services regarding adequacy of prenatal care. CONCLUSIONS: Even though the coverage of prenatal care is virtually universal in Brazil, regional and social differences in the access and adequacy of care still persist. The implementation of strategies to facilitate early access to prenatal care is essential.


Assuntos
Animais , Forma Celular , Drosophila melanogaster/citologia , Epitélio/patologia , Morfogênese , Cicatrização , Polaridade Celular , Drosophila melanogaster/embriologia , Embrião não Mamífero/citologia , Epitélio/embriologia , Junções Intercelulares/metabolismo , Miosinas/metabolismo
5.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S17-S32, 08/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720520

RESUMO

Este artigo avaliou o uso das boas práticas (alimentação, deambulação, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor e de partograma) e de intervenções obstétricas na assistência ao trabalho de parto e parto de mulheres de risco obstétrico habitual. Foram utilizados dados da pesquisa Nascer no Brasil, estudo de base hospitalar realizada em 2011/2012, com entrevistas de 23.894 mulheres. As boas práticas durante o trabalho de parto ocorreram em menos de 50% das mulheres, sendo menos frequentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. O uso de ocitocina e amniotomia foi de 40%, sendo maior no setor público e nas mulheres com menor escolaridade. A manobra de Kristeller, episiotomia e litotomia foram utilizada, em 37%, 56% e 92% das mulheres, respectivamente. A cesariana foi menos frequente nas usuárias do setor público, não brancas, com menor escolaridade e multíparas. Para melhorar a saúde de mães e crianças e promover a qualidade de vida, o Sistema Único de Saúde (SUS) e, sobretudo o setor privado, necessitam mudar o modelo de atenção obstétrica promovendo um cuidado baseado em evidências científicas.


Se evaluó el uso de buenas prácticas (alimentación, métodos no farmacológicos para el alivio del dolor, caminar y el uso del partograma), además de las intervenciones obstétricas durante el parto, en mujeres con un riesgo obstétrico habitual. Los datos provienen del estudio Nacer en Brasil, una cohorte de base hospitalaria realizada en 2011-2012, con entrevistas a 23.894 mujeres. Las buenas prácticas durante el parto se produjeron en menos de un 50% y fueron menos frecuentes en el Norte, Nordeste y Centro-oeste. El uso de oxitocina y amniotomía fue del 40%, principalmente, en el sector público y en las mujeres de menor nivel educativo. La presión fúndica uterina, episiotomía y litotomía fueron utilizados en: un 37%, 56% y 92% respectivamente. La cesárea fue menos frecuente en mujeres que son usuarias del sector público, no blancas, con menor nivel educativo y multíparas. Para mejorar la salud de las madres y los niños, y con el fin de promover la calidad de vida, el Sistema Único de Salud (SUS), y sobre todo el sector privado, necesitará cambiar el modelo de atención obstétrica mediante la adopción de evidencias científicas.


This study evaluated the use of best practices (eating, movement, use of nonpharmacological methods for pain relief and partograph) and obstetric interventions in labor and delivery among low-risk women. Data from the hospital-based survey Birth in Brazil conducted between 2011 and 2012 was used. Best practices during labor occurred in less than 50% of women and prevalence of the use of these practices was lower in the North, Northeast and Central West Regions. The rate of use of oxytocin drips and amniotomy was 40%, and was higher among women admitted to public hospitals and in women with a low level of education. The uterine fundal pressure, episiotomy and lithotomy were used in 37%, 56% and 92% of women, respectively. Caesarean section rates were lower in women using the public health system, nonwhites, women with a low level of education and multiparous women. To improve the health of mothers and newborns and promote quality of life, a change of approach to labor and childbirth that focuses on evidence-based care is required in both the public and private health sectors.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Parto Obstétrico/normas , Maternidades/normas , Trabalho de Parto , Brasil , Parto Obstétrico/métodos , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Maternidades/estatística & dados numéricos , Hospitais Privados/normas , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/normas , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos
6.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S101-S116, 08/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720523

RESUMO

O objetivo deste artigo é descrever os fatores referidos para a preferência pelo tipo de parto no início da gestação e reconstruir o processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil. Dados de uma coorte de base hospitalar nacional com 23.940 puérperas, realizada em 2011-2012, foram analisados, segundo fonte de pagamento do parto e paridade, com utilização do teste χ2. A preferência inicial pela cesariana foi de 27,6%, variando de 15,4% (primíparas no setor público) a 73,2% (multíparas com cesariana anterior no setor privado). O principal motivo para a escolha do parto vaginal foi a melhor recuperação desse tipo de parto (68,5%) e para a cesariana o medo da dor do parto (46,6%). Experiência positiva com parto vaginal (28,7%), parto cesáreo (24,5%) e realização de laqueadura tubária (32,3%) foram citadas por multíparas. Mulheres do setor privado apresentaram 87,5% de cesariana, com aumento da decisão pelo parto cesáreo no final da gestação, independentemente do diagnóstico de complicações. Em ambos os setores, a proporção de cesariana foi muito superior ao desejado pelas mulheres.


El propósito de este artículo es describir los factores de preferencia en el tipo de parto durante el embarazo temprano, y estudiar el proceso de decisión en la opción de parto en Brasil. Los datos de una cohorte de base hospitalaria nacional, con 23.894 mujeres, durante el período 2011-2012, se analizaron de acuerdo a la fuente de los fondos para el parto y la paridad, mediante la prueba de χ2. La preferencia inicial por cesárea fue de un 27,6%, desde el 15,4% (sector público primíparas) al 73,2% (sector privado multíparas con cesárea). La principal razón para la elección de parto vaginal era la mejor recuperación de este tipo de parto (68,5%), y para la cesárea, el temor al dolor durante el parto (46,6%). La experiencia positiva con el parto vaginal (28,7%); parto por cesárea (24,5%) y la esterilización femenina (32.3%) fueron citados por multíparas. Las mujeres en el sector privado tuvieron un 87,5% de cesárea con una mayor decisión hacia este tipo de parto a finales del embarazo, independientemente del diagnóstico de las complicaciones. En ambos sectores, la proporción de la cesárea fue mucho mayor de lo deseado.


The purpose of this article is to describe the factors cited for the preference for type of birth in early pregnancy and reconstruct the decision process by type of birth in Brazil. Data from a national hospital-based cohort with 23,940 postpartum women, held in 2011-2012, were analyzed according to source of funding for birth and parity, using the χ2 test. The initial preference for cesarean delivery was 27.6%, ranging from 15.4% (primiparous public sector) to 73.2% (multiparous women with previous cesarean private sector). The main reason for the choice of vaginal delivery was the best recovery of this type of birth (68.5%) and for the choice of cesarean, the fear of pain (46.6%). Positive experience with vaginal delivery (28.7%), cesarean delivery (24.5%) and perform female sterilization (32.3%) were cited by multiparous. Women from private sector presented 87.5% caesarean, with increased decision for cesarean birth in end of gestation, independent of diagnosis of complications. In both sectors, the proportion of caesarean section was much higher than desired by women.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Adulto Jovem , Cesárea/estatística & dados numéricos , Comportamento de Escolha , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Brasil , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Hospitais Privados/estatística & dados numéricos , Hospitais Públicos/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal , Fatores Socioeconômicos
7.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S169-S181, 08/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720529

RESUMO

Este estudo avaliou os dados sobre a incidência do near miss materno, identificados segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde, na pesquisa Nascer no Brasil. O estudo foi realizado entre fevereiro/2011 e outubro/2012 e os resultados apresentados são estimativas para a população estudada (2.337.476 partos), baseados na amostra de 23.894 puérperas entrevistadas. Os resultados mostraram uma incidência de near miss materno de 10,21 por mil nascidos vivos e uma razão de mortalidade do near miss materno de 30,8 casos para cada morte materna. Os critérios clínicos para identificação do near miss materno foram os mais prevalentes e tiveram incidência de 5,2 por mil nascidos vivos. O near miss materno esteve associado com a idade materna de 35 anos ou mais (RR = 1,6; IC95%: 1,1-2,5), com história de cesariana anterior (RR = 1,9; IC95%: 1,1-3,4) e gestação de risco (RR = 4,5; IC95%: 2,8-7,0). Os hospitais localizados nas capitais (RR = 2,2; IC95%: 1,3-3,8) e os pertencentes ao SUS (RR = 3,2; IC95%: 1,6-6,6) também apresentaram maior incidência de casos de near miss materno. A qualificação dos serviços de assistência ao parto pode ajudar a reduzir a mortalidade materna no Brasil.


Este estudio evaluó los datos sobre la incidencia del near miss materno, identificado conforme los criterios de la Organización Mundial de la Salud, en la investigación Nacer en Brasil. El estudio se realizó entre febrero/2011 y octubre/2012 y los resultados presentados son estimaciones de población (2.337.476 nacimientos), en base a una muestra de 23.894 mujeres entrevistadas. Los resultados mostraron una incidencia de near miss materno de 10,21 por cada 1.000 nacidos vivos y una tasa de mortalidad del near miss materno de 30,8 casos por cada muerte materna. Los criterios clínicos para la identificación del near miss materno fueron los más frecuentes y tenían una incidencia de 5,2 por cada 1.000 nacidos vivos. El near miss materno se asoció con una edad materna de 35 años o mayores (RR = 1,6; IC95%: 1,1-2,5), con antecedentes de parto por cesárea (RR = 1,9; IC95%: 1,01-3,04) y embarazo de riesgo (RR = 4,5; IC95%: 2,8-7,0). Los hospitales ubicados en las ciudades de capitales (RR = 2,2; IC95%: 1,3-3,8) y los que pertenecen al Sistema Único de Salud (RR = 3,2; IC95%: 1,6-6,6) también tuvieron una mayor incidencia de near miss materno. La cualificación de la atención en la prestación de servicios puede ayudar a reducir la mortalidad materna en Brasil.


This study evaluated data on the incidence of maternal near miss identified on World Health Organization (WHO) criteria from the Birth in Brazil survey. The study was conducted between February 2011 and October 2012. The results presented are estimates for the study population (2,337,476 births), based on a sample of 23,894 women interviewed. The results showed an incidence of maternal near miss of 10.21 per 1,000 live births and a near-miss-to-mortality ratio of 30.8 maternal near miss to every maternal death. Maternal near miss was identified most prevalently by clinical criteria, at incidence of 5.2 per 1,000 live births. Maternal near miss was associated with maternal age 35 or more years (RR = 1.6; 95%CI: 1.1-2.5), a history of previous cesarean delivery (RR = 1.9; 95%CI: 1.1-3.4) and high-risk pregnancy (RR = 4.5; 95%CI: 2.8-7.0). incidence of maternal near miss was also higher at hospitals in capital cities (RR = 2.2; 95%CI: 1.3-3.8) and those belonging to Brazil’s national health service, the Brazilian Unified National Health System (SUS) (RR = 3.2; 95%CI: 1.6-6.6). Improved quality of childbirth care services can help reduce maternal mortality in Brazil.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Mortalidade Materna , Complicações do Trabalho de Parto/epidemiologia , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Fatores Etários , Brasil/epidemiologia , Incidência , Nascido Vivo/epidemiologia , Fatores de Risco , Organização Mundial da Saúde
8.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S140-S153, 08/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720532

RESUMO

As evidências sobre os benefícios do apoio contínuo durante o parto levou à recomendação de que este apoio deve ser oferecido a todas as mulheres. No Brasil, ele é garantido por lei desde 2005, mas os dados sobre a sua implementação são escassos. Nosso objetivo foi estimar a frequência e fatores sociodemográficos, obstétricos e institucionais associados à presença de acompanhantes durante o parto na pesquisa Nascer no Brasil. Foi feita análise estatística descritiva para a caracterização dos acompanhantes (em diferentes momentos do tempo da internação), fatores maternos e institucionais; as associações foram investigadas em modelos bi e multivariada. Vimos que 24,5% das mulheres não tiveram acompanhante algum, 18,8% tinham companhia contínua, 56,7% tiveram acompanhamento parcial. Preditores independentes de não ter algum, ou parcial, foram: menor renda e escolaridade, cor parda da pele, usar o setor público, multiparidade e parto vaginal. A implementação do acompanhante foi associada com ambiência adequada e regras institucionais claras sobre os direitos das mulheres ao acompanhante.


La evidencia de los beneficios del apoyo continuo durante el parto llevó a la recomendación de que fuera ofrecido a todas las mujeres. En Brasil, se les garantiza a las mujeres por ley desde 2005, pero hay escasos datos sobre su aplicación. El objetivo fue estimar la frecuencia y factores asociados (socio-demográficas, obstétricos e institucionales) de las mujeres que tienen acompañantes durante el parto en la encuesta Nacer en Brasil. Una vez realizado el análisis estadístico descriptivo para la caracterización de los acompañantes (en diferentes momentos del parto), factores maternos e institucionales; las asociaciones investigaron los modelos bivariados y multivariados. El 24,5% de las mujeres no tenía ningún acompañante, el 18,7% tenían acompañantes continuos y el 56,7% los tenía parcialmente. Predictores independientes de no tener acompañantes o tenerlos parcialmente fueron: bajos ingresos y educación, color moreno de piel, usar el sector público de sanidad, la multiparidad y el parto vaginal. La implementación de acompañantes se asoció con un ambiente adecuado, y normas institucionales claras sobre los derechos de las mujeres al acompañante.


Robust evidence of the benefits of continuous support during childbirth led to the recommendation that it should be offered for all women. In Brazil, it has been guaranteed by law since 2005, but scarce data on implementation is available. We aimed to estimate the frequency and associated socio-demographic, obstetric and institutional predictors of women having companionship during childbirth in the Birth in Brazil survey. Descriptive statistical analysis was done for the characterization of companions (at different moments of hospital stay), maternal and institutional factors; associations were investigated in bivariate and multivariate models. We found that 24.5% of women had no companion at all, 18.8% had continuous companionship and 56.7% had partial companionship. Independent predictors of having no or partial companionship at birth were: lower income and education, brown color of skin, using the public sector, multiparity, and vaginal delivery. Implementation of companionship was associated with having an appropriate environment, and clear institution al rules about women’s rights to companionship.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Atitude do Pessoal de Saúde , Fidelidade a Diretrizes/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Materna/normas , Parto , Visitas a Pacientes , Brasil , Cesárea/estatística & dados numéricos , Fidelidade a Diretrizes/legislação & jurisprudência , Promoção da Saúde , Hospitalização/legislação & jurisprudência , Hospitais , Serviços de Saúde Materna/legislação & jurisprudência , Parto Normal/estatística & dados numéricos , Satisfação do Paciente , Fatores Socioeconômicos , Visitas a Pacientes/legislação & jurisprudência , Visitas a Pacientes/estatística & dados numéricos
9.
Cad. saúde pública ; 30(supl.1): S85-S100, 08/2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-720536

RESUMO

O estudo tem por objetivo analisar a assistência pré-natal oferecida às gestantes usuárias de serviços de saúde públicos e/ou privados utilizando dados da pesquisa Nascer no Brasil, realizada em 2011 e 2012. As informações foram obtidas por meio de entrevista com a puérpera durante a internação hospitalar e dados do cartão de pré- natal. Os resultados mostram cobertura elevada da assistência pré-natal (98,7%) tendo 75,8% das mulheres iniciado o pré-natal antes da 16a semana gestacional e 73,1% compareceram a seis ou mais consultas. O pré-natal foi realizado, sobretudo, em unidades básicas (89,6%), públicas (74,6%), pelo mesmo profissional (88,4%), em sua maioria médicos (75,6%), e 96% receberam o cartão de pré-natal. Um quarto das gestantes foi considerado de risco. Do total das entrevistadas, apenas 58,7% foram orientadas sobre a maternidade de referência, e 16,2% procuraram mais de um serviço para a admissão para o parto. Desafios persistem para a melhoria da qualidade dessa assistência, com a realização de procedimentos efetivos para a redução de desfechos desfavoráveis.


El estudio tiene por objetivo describir el cuidado prenatal ofrecido a las embarazadas por parte de los servicios de salud públicos o privados en Brasil, utilizando los datos de la encuesta Nacer en Brasil, realizada en 2011 y 2012. La información se obtuvo mediante entrevistas con las mujeres después del parto, durante la hospitalización, y la ficha prenatal. Los resultados indican una alta cobertura (98,7%), con un 75,8% de las mujeres que comenzaron la atención prenatal antes de las 16 semanas de gestación y un 73,1% que tuvieron seis o más consultas. La atención prenatal se llevó a cabo en las unidades básicas de atención (89,6%), públicas (74,6%), por un mismo profesional (88,4%), la mayoría médicos (75,6%) y el 96% recibió una ficha prenatal. Una cuarta parte de las mujeres se consideraba en riesgo. Del total, sólo el 58,7% estaban orientadas sobre la unidad de maternidad de referencia, y el 16,2% dice que han buscado más de un servicio para el parto. Sigue habiendo problemas para mejorar la calidad de la atención, y es necesaria la realización de procedimientos efectivos para reducir los resultados desfavorables.


This study aims to describe prenatal care provided to pregnant users of the public or private health services in Brazil, using survey data from Birth in Brazil, research conducted from 2011 to 2012. Data was obtained through interviews with postpartum women during hospitalization and information from hand-held prenatal notes. The results show high coverage of prenatal care (98.7%), with 75.8% of women initiating prenatal care before 16 weeks of gestation and 73.1% having six or more number of appointments. Prenatal care was conducted mainly in primary health care units (89.6%), public (74.6%), by the same professional (88.4%), mostly physicians (75.6%), and 96% received their hand-held prenatal notes. A quarter of women were considered at risk of complications. Of the total respondents, only 58.7% were advised about which maternity care service to give birth, and 16.2% reported searching more than one health service for admission in labour and birth. Challenges remain for improving the quality of prenatal care, with the provision of effective procedures for reducing unfavourable outcomes.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Brasil , Setor Privado/estatística & dados numéricos , Setor Público/estatística & dados numéricos , Qualidade da Assistência à Saúde , Fatores Socioeconômicos
10.
Rev. saúde pública ; 48(2): 304-313, abr. 2014. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-711850

RESUMO

OBJETIVO Comparar os modelos colaborativo e tradicional na assistência ao parto e nascimento. MÉTODOS Estudo transversal realizado com 655 primíparas em quatro hospitais do sistema único de saúde em Belo Horizonte, MG, em 2011 (333 mulheres do modelo colaborativo e 322 do modelo tradicional, incluindo aquelas com trabalho de parto induzido e prematuro). Os dados foram coletados em entrevistas e levantamento de prontuários. Foram aplicados os testes Qui-quadrado para comparação e regressão logística múltipla para determinar associação entre o modelo e os desfechos analisados. RESULTADOS Houve diferenças significativas entre os modelos em relação ao nível de escolaridade e trabalho remunerado. No modelo colaborativo houve menor utilização da ocitocina (50,2% no modelo colaborativo versus 65,5% no modelo tradicional; p < 0,001), da ruptura artificial das membranas (54,3% no modelo colaborativo versus 65,9% no modelo tradicional; p = 0,012) e da taxa de episiotomia (16,1% no modelo colaborativo versus 85,2% no modelo tradicional; p < 0,001), e maior utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor (85,0% no modelo colaborativo versus 78,9% no modelo tradicional; p = 0,042). A associação entre o modelo colaborativo e a redução no uso da ocitocina, da ruptura artificial das membranas e da episiotomia manteve-se após o ajuste para fatores de confundimento. O modelo assistencial não esteve associado a complicações neonatais ou maternas nem à utilização de analgesia de condução. CONCLUSÕES Os resultados sugerem que o modelo colaborativo poderá reduzir as intervenções na assistência ao trabalho de parto e parto com resultados perinatais semelhantes. .


OBJECTIVE To compare collaborative and traditional childbirth care models. METHODS Cross-sectional study with 655 primiparous women in four public health system hospitals in Belo Horizonte, MG, Southeastern Brazil, in 2011 (333 women for the collaborative model and 322 for the traditional model, including those with induced or premature labor). Data were collected using interviews and medical records. The Chi-square test was used to compare the outcomes and multivariate logistic regression to determine the association between the model and the interventions used. RESULTS Paid work and schooling showed significant differences in distribution between the models. Oxytocin (50.2% collaborative model and 65.5% traditional model; p < 0.001), amniotomy (54.3% collaborative model and 65.9% traditional model; p = 0.012) and episiotomy (collaborative model 16.1% and traditional model 85.2%; p < 0.001) were less used in the collaborative model with increased application of non-pharmacological pain relief (85.0% collaborative model and 78.9% traditional model; p = 0.042). The association between the collaborative model and the reduction in the use of oxytocin, artificial rupture of membranes and episiotomy remained after adjustment for confounding. The care model was not associated with complications in newborns or mothers neither with the use of spinal or epidural analgesia. CONCLUSIONS The results suggest that collaborative model may reduce interventions performed in labor care with similar perinatal outcomes. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Comportamento Cooperativo , Enfermeiras Obstétricas , Assistência Perinatal/métodos , Brasil , Estudos Transversais , Tocologia , Avaliação de Processos e Resultados em Cuidados de Saúde , Relações Médico-Enfermeiro , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
12.
Cad. saúde pública ; 28(3): 425-437, mar. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-616956

RESUMO

A persistência de desfechos perinatais negativos no Município do Rio de Janeiro, Brasil, sugere problemas na qualidade da assistência pré-natal. A última investigação realizada nessa cidade mostrou adequação de apenas 38 por cento dessa assistência. O objetivo deste estudo é avaliar a adequação da assistência pré-natal na rede do SUS do Município do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo transversal, em 2007-2008, por meio de entrevistas com 2.422 gestantes em atendimento nos serviços de pré-natal de baixo risco. Para avaliação da adequação da assistência, foi utilizado o índice PHPN, com as recomendações do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, do Ministério da Saúde, e um índice PHPN ampliado, em que foram acrescentados procedimentos clinico-obstétricos, prescrição de sulfato ferroso suplementar e ações educativas. Foi encontrada adequação de 38,5 por cento para o PHPN e 33,3 por cento para o PHPN ampliado. Estratégias de ampliação da captação precoce das gestantes e melhor utilização dos contatos com os serviços para a realização de ações de atenção à saúde são prioritárias para a reversão desse quadro.


The persistence of negative perinatal outcomes in Rio de Janeiro suggests problems in the quality of prenatal care. The most recent study in the city showed that only 38 percent of prenatal care was adequate. This study aimed to evaluate the adequacy of prenatal care under the Brazilian Unified National Health System in the city of Rio de Janeiro. A cross-sectional study in 2007-2008 interviewed 2,422 women receiving prenatal care for low-risk pregnancy. Evaluation of care used the PHPN index, based on guidelines from the Program for Humanization of Prenatal Care and Childbirth (Brazilian Ministry of Health) and an expanded PHPN index, which included clinical-obstetric procedures, prescription of supplementary ferrous sulfate, and educational activities. According to the PHPN index, 38.5 percent of prenatal care was adequate, as compared to 33.3 percent based on the expanded PHPN index. Strategies to expand early entry of pregnant women into prenatal care and better use of their contact with the health services in order to promote healthcare measures are essential to correct this situation.


Assuntos
Feminino , Humanos , Gravidez , Programas Nacionais de Saúde/normas , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Cuidado Pré-Natal/normas , Brasil , Distribuição de Qui-Quadrado , Estudos Transversais , Atenção à Saúde/normas , Idade Gestacional , Centros de Saúde Materno-Infantil/normas , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , Fatores de Tempo
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 13(5): 1521-1534, set.-out. 2008. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-492136

RESUMO

No Brasil, as taxas de cesariana são bastante elevadas, principalmente nos serviços privados, estando provavelmente associadas a fatores socioeconômicos e culturais. O objetivo deste estudo foi descrever as características socioeconômicas, demográficas, culturais e reprodutivas de puérperas e os determinantes da decisão por parto cesáreo em duas unidades do sistema de saúde suplementar do Estado do Rio de Janeiro. A população foi composta por 437 puérperas que tiverem partos vaginais ou cesarianos nas duas unidades selecionadas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com as mães e consulta aos prontuários. Através de regressão logística não condicional, avaliaram-se os fatores associados à decisão por cesariana como via de parto, seguindo os modelos hierárquicos estabelecidos em três momentos definidos: no início, ao longo da gestação e no momento do parto. Observou-se que, embora 70 por cento das entrevistadas não relatassem preferência inicial pela cesariana, 90 por cento apresentaram esse tipo de parto. Verificou-se que, independente do desejo inicial da gestante, a interação com o serviço de saúde resultou na cesariana como via final de parto. Trabalhos educativos direcionados às gestantes e à população geral e mudanças no modelo de assistência ao parto podem ser estratégias promissoras para a reversão desse quadro.


Cesarean section rates are very high in Brazil mainly in private hospitals, probably due to socioeconomic and cultural factors. The objective of this study was to describe socioeconomic, demographic, cultural and reproductive characteristics of women in the postpartum period and the factors that had determined their decision for caesarean section in two units of the supplementary health care system of the State of Rio de Janeiro. The study population was composed of 437 women that had vaginal or caesarean childbirths in the two selected units. Data were collected by means of interviews with mothers and consultation of hospital records. The factors associated with the decision for cesarean section as mode of delivery were evaluated using non-conditional logistic regression analysis and following the hierarchic models established at three definite moments. Although 70 percent of the women had no initial preference for cesarean section, 90 percent of them had this mode of birth. It was verified that, despite their initial desire, the interaction with the health services resulted in cesarean section as mode of birth. Educative actions directed to pregnant women and to the public at large as well as changes in the childbirth care model can be promising strategies for reverting this picture.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Cesárea , Brasil , Comportamento do Consumidor/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Atenção à Saúde , Demografia , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
14.
Rev. saúde pública ; 42(5): 895-902, out. 2008. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-493837

RESUMO

OBJETIVO: A qualidade da assistência ao trabalho de parto tem sido reconhecida na prevenção de complicações obstétricas que podem levar à morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade da assistência ao trabalho de parto segundo o risco gestacional e tipo de prestador. MÉTODOS: Estudo transversal de observação da assistência ao trabalho de parto de 574 mulheres, selecionadas por amostra estratificada em 20 maternidades do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro (RJ), entre 1999 e 2001. A qualidade da assistência foi analisada segundo o risco gestacional e o tipo de prestador. Utilizaram-se procedimentos estatísticos de análise de variância e de diferença de proporções. RESULTADOS: Do total da amostra, 29,6 por cento das gestantes foram classificadas como de risco. Apesar da hipertensão ser a causa mais importante de morte materna no Brasil, a pressão arterial não foi aferida em 71,6 por cento das gestantes durante a observação no pré-parto. Em média foram feitas cinco aferições por parturiente, sendo o menor número nos hospitais conveniados privados (média de 2,9). Quanto à humanização da assistência, observou-se que apenas 21,4 por cento das parturientes tiveram a presença de acompanhante no pré-parto, 75,7 por cento foram submetidas à hidratação venosa e 24,3 por cento à amniotomia. O único tipo de cuidado que variou segundo o risco obstétrico foi a freqüência da aferição da pressão arterial, em que as gestantes de risco foram monitoradas o dobro de vezes em relação às demais (média de 0,36 x 0,18 aferições/h respectivamente, p=0,006). CONCLUSÕES: De modo geral, as gestantes de baixo risco são submetidas a intervenções desnecessárias e as de alto risco não recebem cuidado adequado. Como conseqüência, os resultados perinatais são desfavoráveis e as taxas de cesariana e de mortalidade materna são incompatíveis com os investimentos e a tecnologia disponível.


OBJECTIVE: Quality of labor care has been recognized as a major factor for prevention of obstetric complications which can lead to maternal, perinatal and neonatal morbidity and mortality. The objective of the study was to assess quality of labor care by gestational risk and type of health provider. METHODS: Observational, cross-sectional study of labor care provided to 574 pregnant women. Stratified sampling in 20 Unified Health System maternity hospitals in Rio de Janeiro, Brazil, was carried out between 1999 and 2001. Quality of labor care was assessed by gestational risk and type of health provider. Statistical analyses consisted of variance analysis and the analysis of difference between proportions. RESULTS: Of all women studied, 29.6 percent were classified at obstetric risk. Although hypertension is the main cause of maternal death in Brazil, 71.6 percent did not have their prelabor blood pressure measured. Five measures were taken on average per parturient and the lowest rate was found in privately insured hospitals (average of 2.9). As to humanized health care, only 21.4 percent of the parturients had an accompanying person on their side during labor, 75.7 percent were submitted to intravenous hydration and 24.3 percent to amniotomy. The single care-related factor that varied by obstetric risk was frequency of blood pressure measures: high-risk parturients had their blood pressure measured twice as much as those low-risk women (mean 0.36 vs. 0.18 measures/h, p=0.006). CONCLUSIONS: In general, low-risk parturients were submitted to unnecessary interventions while high-risk women did not receive adequate care. As a result, there are poor perinatal outcomes, high cesarean rates and high maternal mortality rates, which do not reflect health care investments and technology available.


OBJETIVO: La calidad de asistencia en el trabajo de parto ha sido reconocida en la prevención de complicaciones obstétricas que pueden llevar a la morbi-mortalidad maternal, perinatal y neonatal. El objetivo del estudio fue analizar la calidad de la asistencia en el trabajo de parto de acuerdo con el riesgo gestacional y tipo de asistencia médica. MÉTODOS: Se realizó estudio transversal de observación de la asistencia en el trabajo de parto de 574 mujeres, seleccionadas por muestra estratificada en 20 maternidades del Sistema Único de Salud de Rio de Janerio (Sureste de Brasil), entre 1999 y 2001. La calidad de asistencia fue analizada de acuerdo con el riesgo gestacional y tipo de asistencia médica. Se utilizaron procedimientos estadísticos de análisis de varianza y de diferencia de proporciones. RESULTADOS: Del total de la muestra, 29,6 por ciento de las gestantes fueron clasificadas como de riesgo. A pesar de la hipertensión ser una de las causas más importantes de la muerte materna en Brasil, la presión arterial no fue evaluada en 71,6 por ciento de las gestantes durante la observación en pre-parto. En promedio se realizaron cinco estimaciones por parturienta, siendo el menor número en los hospitales con convenios privados (promedio 2,9). Con relación a la humanización de la asistencia, se observó que apenas 21,4 por ciento de las parturientas tuvieron la presencia de acompañante en el pre-parto, 75,7 por ciento fueron sometidas a hidratación venosa y 24,3 por ciento a amniotomía. El único tipo de cuidado que varió según el riesgo obstétrico fue la frecuencia de estimación de la presión arterial, en el que las gestantes de riesgo fueron monitoreadas doblemente con relación a las demás (promedio de 0,36 x 0,18 estimaciones/h respectivamente, p=0,006). CONCLUSIONES: De modo general, las gestantes de bajo riesgo son sometidas a intervenciones innecesarias y las de alto riesgo no reciben el cuidado adecuado. En consecuencia, los resultados ...


Assuntos
Feminino , Humanos , Gravidez , Parto Obstétrico/normas , Mortalidade Materna , Assistência Perinatal/estatística & dados numéricos , Qualidade da Assistência à Saúde , Brasil/epidemiologia , Cesárea/normas , Cesárea/estatística & dados numéricos , Parto Obstétrico/métodos , Maternidades/normas , Maternidades/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Materna , Centros de Saúde Materno-Infantil , Assistência Perinatal/normas , Resultado da Gravidez , Setor Privado , Setor Público , Medição de Risco
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA